Nossa caminhada iniciou pela busca de uma espiritualidade que se mostrasse mais completa. Sentiamos que faltava algo. E encontramos a plenitude ao ouvir o chamado da Grande Mãe. A partir daí nos redecobrimos como Filhas da Deusa e Sacerdotisas do Amor.
Ao sentirmos a presença do Sagrado Feminino reconhecemos que o Universo foi gerado pelo Amor e a União do Sagrado Feminino e do Sagrado Masculino. Que o Amor é o Grande Milagre e o Grande Mistério. O segredo que foi temido, perseguido e condenado. E este segredo é o grande poder da mulher, por que somos nós as detentoras do dom de despertar o Amor.
E por sermos o canal para essa energia transformadora, fomos igualmente perseguidas.
Ao despertarmos o Amor também tornamos o Sexo Sagrado, e este ato Sublime de Amor que gera a Chama Gêmea foi deturpado para nos afastar do que talvez seja o maior de todos os Segredos. Ao redescobrirmos o Sagrado Feminino redescobrirmos que somos almas compaheiras, que ao nos unirmos em Amor com nossa alma gêmea a grande ascenção espiritual acontece e geramos uma energia de Amor tão intensa capaz de ascender o mundo.
Nossa caminhada para a conexão com o Sagrado Feminino e o Amor das almas gêmeas é algo que desejamos compartilhar com todos aqueles que sentem este despertar em suas almas.
Acreditemos na Sublime Força do Amor. Lembremos que quando deixamos de acreditar em algo, isso morre...

segunda-feira, 14 de março de 2011

O retorno do Matriarcado


Com a chegada de vários ciclos femininos, como a nova Raça-raiz, retorna ao mundo o princípio matriarcal pelo qual a vida é focalizada desde o ângulo do feminino, do psíquico, do sensível ou do subjetivo.
"Patriarcado" e "Matriarcado" são formas de organização de uma civilização, onde prevalecem princípios positivos ou negativos, masculinos ou femininos. Isto não significa tanto uma troca de papéis ou de funções naturais e espirituais, mas sobretudo que a ênfase cultural é dada num sentido ou noutro.
O gênero enfatizado, expressa então a sua perfeição no máximo equilíbrio e integridade possíveis, tornando-se capaz de abranger o seu oposto com maior facilidade e tornar-se assim universal. Representa isto que, doravante, as mulheres serão os melhores veículos para a síntese e que ainda levarão à perfeição a sua missão de companheira do homem. E para isto exigirão qualidade de seus parceiros físicos e espirituais, levando o homem a também se equilibrar e aperfeiçoar, tal como vem ocorrendo aliás; e é desta sua posição natural, firme e plenamente equilibrada, que elas concertarão o mundo.
A ênfase no feminino em nada implica a adoção da política feminista, a qual, como o próprio nome diz, é apenas a contraparte do machismo; e qualquer pessoa de bom-senso (especialmente no caminho espiritual), deseja se manter afastada dos extremos. O feminismo é apenas mais um movimento no pêndulo na balança histórica, mas aquilo que se necessita realmente é a harmonia e o equilíbrio, e é apenas na sua busca que o feminismo surge, não como um método positivo em si, mas precisamente para de uma forma cabal sobre a necessidade do equilíbrio. Sabidamente, o feminismo é também anti-feminino, assim como o machismo é a rigôr anti-masculino, porque aviltam a essência pura e real dos seres humanos.
A essência dos gêneros culturais está expresso na forma das suas religiões. O Patriarcado é a religião do Deus-Pai que se apresenta especialmente como um Criador-todo abrangente e fecundante, donde o aspecto viril e poderoso atribuído à deidade. Ao passo que o Matriarcado traz a religião da Deusa-Mãe que surge como a Natureza-universal plenamente fecunda, e daí as imagens antigas de deusas-mãe com fartos ventres e repletas de seios.
Paradoxalmente, é o masculino que necessita de modo especial consagrar-se à Deusa-Mãe a fim de obter o seu equilíbrio, ao passo que o feminino carece sobremodo consagrar-se ao Deus-Pai para alcançar sua harmonia.

Extraído do livro - Matriarcado e Nova Era, segundo Ensinamentos da Tradição Universal -

de Luís A. W. Salvi

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